Pular para o conteúdo principal

Postagens

A BELA ADORMECIDA

Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado maior sonho deles: terem filhos. — Se pudéssemos ter um filho! — suspirava o rei. — E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! —animava-se a rainha. — E por que não gêmeos? — acrescentava o rei. Mas os filhos não chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com os bailes da corte, nem com as caçadas, nem com os gracejos dos bufões, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia. Mas, numa tarde de verão, a rainha foi banhar-se no riacho que passava no fundo do parque real. E, de repente, pulou para fora da água uma rãzinha. — Majestade, não fique triste, o seu desejo se realizará logo: Antes que passe um ano a senhora dará à luz uma menina. E a profecia da rã se concretizou, e meses depois a rainha deu a luz a uma linda menina. O rei, que estava tão feliz, deu uma grande festa de batizado para a pequena pr
Postagens recentes

A CIGARRA E A FORMIGA

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: - Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!  - Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.  Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.  Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.  A cigarra então aconselhou:  - Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!  A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.  Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se dive

O PATINHO FEIO

A mamãe pata tinha escolhido um lugar ideal para fazer seu ninho: um cantinho bem protegido, no meio da folhagem, perto do rio que contornava o velho castelo. Mais adiante estendiam-se o bosque e um lindo jardim florido. Naquele lugar sossegado, a pata agora aquecia pacientemente seus ovos. Por fim, após a longa espera, os ovos se abriram um após o outro, e das cascas rompidas surgiram, engraçadinhos e miúdos, os patinhos amarelos que, imediatamente, saltaram do ninho. Porém um dos ovos ainda não se abrira; era um ovo grande, e a pata pensou que não o chocara o suficiente. Impaciente, deu umas bicadas no ovão e ele começou a se romper. No entanto, em vez de um patinho amarelinho saiu uma ave cinzenta e desajeitada. Nem parecia um patinho. Para ter certeza de que o recém-nascido era um patinho, e não outra ave, a mãe-pata foi com ele até o rio e o obrigou a mergulhar junto com os outros. Quando viu que ele nadava com naturalidade e satisfação, suspirou aliviada. Er

AS FADAS

Era uma vez uma viúva que tinha duas filhas. A mais velha se parecia tanto com ela, no humor e de rosto, que quem a via, enxergava a própria mãe. Mãe e filha eram tão desagradáveis e orgulhosas que ninguém as suportava.  A filha mais nova, que era o retrato do pai, pela doçura e pela educação, era, ainda por cima, a mais linda moça que já se viu.  Como queremos bem, naturalmente, a quem se parece conosco, essa mãe era louca pela filha mais velha. E tinha, ao mesmo tempo, uma tremenda antipatia pela mais nova, que comia na cozinha e trabalhava sem parar como se fosse uma criada.  Tinha a pobrezinha, entre outras coisas, de ir, duas vezes por dia, buscar água a meia légua de casa, com uma enorme moringa, que voltava cheia e pesada.  Um dia, nessa fonte, lhe apareceu uma pobre velhinha, pedindo água:  - Pois não, boa senhora - disse a linda moça.  E, enxaguando a moringa, tirou água da mais bela parte da fonte, dando-lhe de beber com as próprias mãos, para auxiliá-

A LAGARTIXA E A BORBOLETA

Viviam no beiral de uma casa, dona Lagartixa e sua enorme família. Ali abrigadas se reuniam em torno de seus filhotinhos, só saiam para procurar comida. Eram muito ligeiras e apesar de seus rabinhos longos, corriam bem depressa. Certa manhã a mamãe Lagartixa saiu para procurar comida, mas avisou suas lagartixinhas que ficassem bem quietinhas, nada de dar passeio pelas janelas ou nas paredes. Lá foi a mamãe pensando que iria ser atendida por suas filhinhas. Qual nada. Assim que ela saiu, as lagartixinhas olharam umas para as outras e disseram: - O que vamos fazer se não podemos sair daqui? - Ora, ora vamos dar uma voltinha na janela, para ver se achamos algum mosquitinho! Seus olhinhos brilhavam só em pensar de achar um mosquitinho na janela. Uniram-se e foram. Nesta mesma manhã a Borboleta que voava no jardim, beijando todas as flores que via, resolveu dar uma paradinha no batente da janela! Ficava pousada no vidro. Às vezes, voava para o jardim ou ficava pousada no bat

CINDERELA

Era uma vez um senhor viúvo que tinha uma filha a quem amava muito. Ele decidiu casar-se novamente com uma viúva que tinha duas filhas. O pobre homem morreu, deixando sua filha desolada. No entanto, a madrasta e suas filhas ficaram felizes com a herança.  As três mulheres invejavam a beleza e a bondade da moça. Então a converteram em sua criada, e a chamavam Cinderela.  Cinderela lavava, limpava, passava e cozinhava. Porém, mais que tudo chorava, porque ninguém mais gostava dela. Um dia, o arauto do rei convidou todas as jovens do reino para um baile no palácio, pois o príncipe herdeiro queria escolher uma esposa.  As filhas da madrasta acreditavam que uma delas seria a escolhida, e passaram a tarde provando vestidos.  A pobre Cinderela também queria ir ao baile, mas as suas irmãs a proibiram.  Foram ao baile zombando de Cinderela que ficou em casa, muito triste. De repente surgiu vinda do céu, uma luz muito forte, que se transformou numa fada.  _ Cinderela, sou

A BONEQUINHA PRETA

Era uma vez uma bonequinha preta, que morava em uma linda casinha com a Mariazinha. As duas brincavam o tempo todo, e até dormiam juntas quando estavam cansadas. Todos os outros brinquedos dormiam em outros lugares, pois a Mariazinha queria sempre a sua bonequinha preta junto. Mas, o que ela não sabia, era que as bonequinhas não dormem como as meninas; aquele tempo todo, sem ver o mundo aqui fora. Eram diferentes das meninas e meninos de verdade em muitas coisas. Mesmo assim, Mariazinha ensinava à sua bonequinha preferida tudo o que aprendia com a mamãe: tomar banho, escovar os dentes, trocar roupas limpas, e tudo mais. Naquele dia, quando foi dormir um pouquinho depois do almoço, explicou direitinho à bonequinha preta que ela não deveria subir sozinha na janela: - A janela é muito perigosa! A criança pode cair lá fora e nunca mais voltar para casa. Papai disse que precisa ter gente grande perto sempre que a gente quiser ir à janela. Mariazinha viu que a bonequinha pret